A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Pelotas promove nesta terça-feira (6) o Dia D de Combate às Hepatites Virais. Das 9h às 17h30min, o largo Edmar Fetter será palco de ações que incluem a distribuição de materiais informativos sobre a doença e a aplicação de testes rápidos para hepatite tipo C. O objetivo é superar os resultados do ano passado, quando 340 exames foram feitos na comunidade que circulava pelo Centro da cidade.

Durante todo ano, a população pode procurar as unidades de saúde do município para realização de exames rápidos, a fim de identificar as hepatites B e C, além da Sífilis e do HIV. Mensalmente, cerca de 850 testes são realizados em Pelotas, número considerado baixo pela equipe do programa IST/Aids/Hepatites.

Só em 2018, 69 casos relacionados à hepatite B foram identificados na cidade, segundo dados da Vigilância Epidemiológica da Secretária de Saúde, a maioria nos bairros Centro e Três Vendas.

Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e o Centro de Especialidades estão à disposição dos usuários para testagem rápida e vacinação contra as hepatites B e C. Na faixa etária dos 20 aos 59 anos, por exemplo, dos 3.387 usuários que fizeram a primeira dose da vacina no ano passado, apenas 1.578 completaram o ciclo vacinal de três aplicações. O evento de terça terá o apoio do Instituto Educacional Dimensão, que levará sua infraestrutura de saúde para o acolhimento da população.

A doença
A hepatite caracteriza-se pela inflamação do fígado, fato causado por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Em alguns casos, é silenciosa, já que nem sempre apresenta sintomas, mas, quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

A patologia pode ser adquirida devido a condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E); e através do sangue, quando se pratica sexo desprotegido ou se compartilha seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D); ou da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B, C e D).

As hepatites virais são enfermidades de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante porque mapeia os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes destinadas às políticas públicas no setor. No Brasil, as virais mais presentes são as causadas pelos vírus A, B e C, mas há também os tipos D e E.